A “hipertermia magnética” é o aquecimento por indução através de um campo magnético externo de corrente alternada. Os sistemas de aquecimento por indução são usados em pesquisas de terapias térmicas, com a finalidade de elevar a temperatura entre 41 e 45 ºC de uma solução contendo nanopartículas magnéticas (NPsM) in vitro ou in vivo. É utilizado no tratamento do câncer, pois as células tumorais são mais susceptíveis e sensíveis ao aquecimento do que as células normais, resultando na sua morte por apoptose. O fenômeno de “hipertermia magnética” requer um equipamento de indução magnética, que consiste de uma fonte de indução, uma estação remota de calor, um capacitor e três bobinas de trabalho resfriadas com água. O campo magnético de intensidade e frequência variáveis é produzido no solenóide, através da passagem de corrente alternada, sendo caracterizada por uma amplitude, I0, e por uma frequência, f. Ao ser percorrido pela corrente I, surge no seu interior um campo magnético, cujas linhas de indução são praticamente paralelas. O material magnético (nanopartículas magnéticas, NPsM), introduzido no interior desta bobina, tende a se alinhar ao campo produzido. Como o sentido do campo varia constantemente no interior da bobina, já que a corrente é alternada, as NPsM tenderão a acompanhar este fluxo. Devido às relaxações de Néel e Brown a que as NPsM estão sujeitas, ocorre o aquecimento.
- Sistemas para veiculação de fármacos (Drug Delivery Systems)
- Nanomateriais magnéticos.